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AMERICANAS
Trabalhar com varejo não é uma tarefa fácil. A grande concorrência do segmento exige criatividade, qualidade em produtos e atendimento, preço e um forte trabalho de imagem de marca junto a consumidores e fornecedores. A Lojas Americanas S.A. é uma das mais tradicionais e bem sucedidas empresas de varejo do país. Sua posição de liderança foi alcançada e é mantida até hoje graças a uma visão bastante ambiciosa: ser a melhor empresa de varejo do Brasil.
A história da Lojas Americanas teve o Brasil como palco quase que por um acaso. Os americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger partiram dos Estados Unidos em direção a Buenos Aires com a idéia de lançar uma loja com preços baixos, no modelo que já fazia sucesso nos Estados Unidos e na Europa no início do século. No navio em que viajavam, conheceram dois brasileiros que os convidaram para conhecer o Rio de Janeiro. Na visita ao Rio, os americanos perceberam que havia muitos funcionários públicos e militares com renda estável, porém com salários modestos, e a maioria das lojas não eram destinadas a esse público. As lojas existentes, em geral, vendiam mercadorias caras e especializadas, o que obrigava uma dona de casa a visitar diferentes estabelecimentos para fazer as compras.
Foi assim que decidiram que o Rio de Janeiro era a cidade perfeita para lançar o sonhado empreendimento: uma loja de preços baixos para atender àquela população esquecida e que vendesse vários tipos de mercadorias. Eles desejavam oferecer uma maior variedade de produtos a preços mais acessíveis. Assim, no ano de 1929, inauguraram a 1ª Lojas Americanas, em Niterói (RJ), com o slogan Nada além de 2 mil réis. A palavra Loja, no nome da empresa, foi uma novidade que designava um novo estilo de vendas, diferente dos estabelecimentos da época, denominados casa. Nascia ali um conceito vencedor que iria conduzir toda a trajetória da empresa.
A Lojas Americanas passa a atuar como uma cadeia de lojas de departamento de descontos, sendo a principal característica desse modelo a garantia de produtos de grandes marcas com preços competitivos em relação à concorrência. Na busca por uma loja sem estoques, foram criados os centros de distribuição, os CDs, localizados no Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Com o uso dos CDs foi possível a diminuição dos estoques e perdas, além da otimização da distribuição dos produtos através do fornecimento diário para as lojas, garantindo os produtos na hora certa e na quantidade adequada. Além disso, todas as lojas e centros de distribuição são interligados em tempo real, permitindo um total controle de operações.
No final do ano de 1999 a empresa iniciou a venda de mercadorias através da Internet criando a controlada indireta Americanas.com. Apesar de ter entrado no mercado já tarde, em uma época em que explodia a concorrência do comércio eletrônico, ela cresceu rapidamente com uma grande aceitação do público brasileiro. Lançou o primeiro sistema de cobrança de cartão de crédito online do país, além de uma logística que permite entregas rápidas: em torno de 48 horas para qualquer parte do Brasil.
O nome da Lojas Americanas ajudou a alavancar os negócios por ser um nome já consolidado no mercado e por já haver uma confiança depositada nele pelo público. Atualmente oferece mais de 30 categorias de produtos, tais como eletrônicos, CDs, DVDs, informática, eletrodomésticos, livros, games, brinquedos, papelaria, perfumaria e vinhos, entre outras.
O ano de 2003 teve como principal característica a aceleração do programa de expansão. Com o objetivo de expandir a rede de lojas, foram inauguradas 13 lojas convencionais, fortalecendo a presença da companhia em mercados importantes das regiões Sudeste e Sul do país. O conjunto de inaugurações contemplou também a abertura, no Rio de Janeiro, das três primeiras lojas Americanas Express, concebidas segundo o conceito de vizinhança. São lojas compactas, com sortimento selecionado, mas com os mesmos padrões de qualidade e preço que diferenciam a atuação de Lojas Americanas.
O varejo brasileiro apresenta um cenário extremamente competitivo, no qual grandes grupos nacionais e estrangeiros estão adquirindo cadeias menores, com o objetivo de obter economias de escala e aumentar a sua participação de mercado. Estes investimentos em expansão estão sendo acompanhados por outros na melhoria dos processos de logística e tecnologia da informação, evidenciando o foco na melhoria da eficiência operacional.
Buscando promover a evolução do seu negócio e acompanhar o ritmo do varejo no país, em 2005 a Lojas Americanas adquiriu o canal de TV e site de comércio eletrônico Shoptime e realizou uma joint venture com o Banco Itaú, criando a Financeira Americanas Itaú - FAI, ou Americanas Taií. Em 2006, dando prosseguimento as operações para a geração de valor da marca, foi criada uma nova empresa, a B2W Companhia Global do Varejo, produto da fusão Americanas.com e do Submarino.
No ano seguinte as Lojas Americanas anunciou a aquisição da BWU empresa detentora da marca BLOCKBUSTER® no Brasil e somou mais 127 lojas à sua rede. Com as novas aquisições e a expansão da sua atuação no mercado, a Lojas Americanas garantiu opções de venda via internet, televendas, catálogos e TV, para um público potencial de 43 milhões de brasileiros. Escala e estrutura de custos colocaram a empresa numa posição de destaque frente ao tradicional varejo do país.