5àSec7-ElevenAmazonAmericanasAppleArnoAssolanAvonBerkshire HathawayBombrilBompreçoBonaparteBradescoCVC TurismoCasas BahiaCasas do Pão de QueijoCia. HeringCoca-ColaComputer ToysDellDunkin DonutsEstrelaFM PneusFlores OnlineFrevoGeneral ElectricGolGoogleH.SternHPHabib´sHerbalifeKasinskiKoni StoreLivraria CulturaLopesMagazine LuizaMarisaMicrosoftMoldura MinutoMotriz EJ Mundo VerdeO BoticárioOptoOrange County ChoppersPerdigãoPizza HutPolymarPremiattoPão de AçucarRennerRi HappyRotovicSadiaSonySpoletoStarbucksStefaniniTAMTOTVSTiffany & CoTok&StokToyotaWAL-MARTWOW!XeroxYour Office
AMAZON
Ninguém duvida mais da capacidade da Internet de fazer dinheiro. Não só faz, como é o meio mais rápido de todos os tempos para construir fortunas. Os milionários da web vêm surgindo cada vez mais cedo. Em 1994, quando muita gente ainda achava que a internet não daria dinheiro em curto prazo, o americano Jeff Bezos resolveu abrir um negócio nesse ramo: a Amazon.com. A idéia era audaciosa: vender livros on-line. Por não ter unidades físicas, a empresa poderia ter prateleiras infinitas. Jeff Bezos permitiu que as imensas minorias comprassem e trocassem informações de consumo instantaneamente através de um simples clique no mouse. Com essa ideologia engenhosa, a Amazon virou uma das bússolas mais confiáveis e simpáticas de se navegar do mundo digital.
A história da Amazon é uma história de sonho do comércio eletrônico, vivida na primeira pessoa por Jeff Bezos. A empresa começou sua trajetória em 1994, quando Jeff abandonou seu emprego, em uma famosa empresa da Wall Street, para trilhar seu caminho na ainda desconhecida rede mundial de computadores. Ele havia passado um bom tempo estudando o hábito dos norte-americanos fazerem compras pelo correio. A pesquisa mostrou que os livros estavam no segundo lugar de uma lista dos produtos que poderiam ser comercializados na Internet. A música, primeira opção, foi eliminada, pois apenas seis grandes empresas fonográficas controlavam a distribuição.
As pessoas não compravam livros pelo correio porque não existiam catálogos suficientemente grandes para os interesses variados dos consumidores. Para conter uma lista suficientemente abrangente, o catálogo teria que ser tão pesado que seria impossível enviá-lo pelo correio. Já na internet, os bancos de dados não têm a limitação do peso ou do tamanho. Também podem ficar disponíveis para consultas instantâneas, 24 horas por dia. Na época, os manuais de negócios apontavam que o estoque ideal para uma livraria se lançar no mercado era entre 200 e 300 mil títulos. Jeff jogou fora a antiga cartilha e abriu sua loja virtual com 1 milhão de títulos nas prateleiras. Assim nascia a Amazon.
Jeff Bezos mudou-se para Seattle junto com sua mulher. Ali estava um dos maiores distribuidores de livros: a Ingram. Foram necessários três meses para levantar o capital de US$ 1 milhão com 20 amigos e investidores. Quase um ano depois, em julho de 1995, o site foi finalmente lançado, sem publicidade alguma, tornando-se o lugar número 1 para se comprar livros na Internet. Planejou originalmente chamá-lo de Cadabra, mas logo percebeu que soaria como cadáver. O novo nome escolhido para o negócio foi Amazon, nome inglês para o rio Amazonas. A escolha do nome foi baseada em duas idéias: remeter a grandiosidade do maior rio do mundo a sua empresa, e também, por ser um nome começando com a letra A, pretendia que seu site aparecesse no início das listagens de páginas disponíveis na rede.
Para divulgar a notícia do seu negócio, Jeff Bezos foi igualmente ousado. Ao invés de contratar assessores de imprensa e gastar um valor exorbitante em anúncios na mídia tradicional, apostou no boca-a-boca. Convidou 300 pessoas entre amigos e conhecidos, para testar o novo site. Depois permitiu todo mundo a espalhar o endereço para o maior número de pessoas conectadas à rede. Resultado: em apenas 30 dias a Amazon.com já enviava encomendas para 50 estados americanos e 45 países. Mas foi uma reportagem de primeira página no Wall Street Journal, com a manchete Como um gênio de Wall Street descobriu seu mercado de venda de livros na Internet, publicada em 16 de maio de 1996, que praticamente apresentou o site ao público. Os pedidos dobraram no dia seguinte da reportagem e o site quase não suportou a demanda. A Amazon encerrou o ano de 1996 com 16 milhões de dólares em receitas.
Porém o rápido sucesso da Amazon não significa que ficar rico com a Internet seja fácil. É verdade que não é preciso grande capital inicial - uma boa idéia é sempre o que vale mais. No entanto, há uma grande batalha: vencer a concorrência. Como na Internet qualquer um pode montar um negócio por uma ninharia, é grande a probabilidade de que um novo site ou serviço fique perdido no meio da multidão. Durante toda a bolha da internet, a empresa nunca deu lucro. Em 1999, por exemplo, sua receita atingiu US$ 1.6 bilhão, mas o prejuízo foi de US$ 719 milhões. Então Jeff promoveu uma reviravolta. Fechou alguns centros de distribuição e despediu um sétimo de sua força de trabalho. Os investimentos eram milionários. A Amazon deixou de ser uma livraria na internet para diversificar sua atuação: passou a vender DVDs, CDs, presentes, brinquedos e se tornou um galpão de variedades. Só em 2003, quase 10 anos após o início de suas atividades, a Amazon finalmente deu lucro.
Daí em diante a Amazon não parou mais de crescer, sempre ao comando do carismático Jeff. O lado curioso dos empresários da Internet é que ganharam dinheiro tão rápido que a maior parte deles ainda vive do mesmo jeito que antes. Jeff Bezos mora com sua esposa em um pequeno apartamento alugado, dirige um Honda Accord e trabalha num escritório reformado com vista para uma casa de penhores e uma loja de perucas. Sua mesa é uma porta reciclada. Ícone do comércio eletrônico, Jeff é considerado um visionário e desbravador que, a partir de idéias inicialmente ousadas, demonstrou ser um cara à frente do seu tempo no que se refere às tendências da sociedade. Atualmente, ele ocupa a posição 188 no ranking dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna de US$ 4.4 bilhões, segundo a revista americana Forbes.
Hoje a empresa vende mais de 20 milhões de produtos para 160 países, tendo 50 milhões de clientes, um faturamento de US$ 14.8 bilhões e mais de 20 centros de distribuição espalhados pelo mundo. Somente a marca Amazon está avaliada em 5.41 bilhões de dólares, ocupando a posição de número 62 no ranking das marcas mais valiosas do mundo, além de ocupar a posição de número 15 no ranking das marca mais influentes do mundo. Com pouco mais de uma década de existência, a Amazon.com é a maior livraria virtual, sendo reconhecida também como um dos mais revolucionários empreendimentos da história dos negócios.